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O seguinte projeto, apresenta uma instalação composta por 100 esculturas tecidas manualmente em fio rígido de latão e conectadas por longas fitas de metal que pendem do teto e das paredes. Esse conjunto de peças será montado ocupando toda a sala, do teto ao chão, fazendo um desenho no sentido de queda.

Cada uma das esculturas de metal tem um desenho único. A diferença no tamanho das hastes e a mobilidade das articulações trazem a singularidade das peças. As formas são sempre distintas mas seguem um padrão cúbico que repete as 4 hastes de um quadrado.

São rígidas mas se movem e alteram suas formas a cada deslocamento da conexão. São angulosas e agudas mas são leves e transparentes. Essa formas se conectam e se expandem cortando todo o espaço da sala num movimento de queda.

O título foi extraído de uma passagem do livro “Sete lições de física”, do físico italiano Carlo Rovelli, que aborda a questão da queda passando pela teoria da relatividade de Einstein até a física quântica.

Mas na verdade essa ideia de queda é aqui pensada de forma mais ampla. O futuro indica um vetor de queda, de dissolução de todas as certezas e verdade q nos sustentaram até hj.

Por isso a queda interessa em vários sentidos: Desde a corrosão de toda a materialidade até a queda dos valores, das verdades estabelecidas, dos parâmetros vigentes no mundo contemporâneo. O envelhecimento da pele, o desgaste dos metais e mais amplamente no percurso de vida e morte.

A rede é um elemento presente desde o início da trajetória da artista e, nesse momento, se apresenta com fio de metal rígido, com ângulos precisos, que articuladas, compõem uma grande instalação, em três dimensões, compondo um trabalho mais arquitetônico.

Uma arquitetura vazada e leve, flutuante, preparada para a queda.

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